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 01/04/2013 | OUTROS

Bahia lidera em comissionados no Nordeste

A Bahia tem a maior percentual de funcionários comissionados do Nordeste. Dos 129.017 funcionários do governo da Bahia, 9.240 ( 7,16%)  estão nessa condição, levando-se em consideração a administração direta e indireta. Todos estão na administração estadual sem ter participado de concurso público.

Atrás da Bahia, estão a Paraíba, com 6,19%, e Alagoas com 5,7%. Os números são muito maiores do que os dos estados de Pernambuco, 1,98%, e Ceará, 1,14%, que têm as menores taxas. Nessa conta, não está incluso Sergipe, pois o IBGE não dispunha do número total de funcionários neste Estado.

Um estado de grande porte como São Paulo, que tem no seu quadro administrativo mais de meio milhão de funcionários,  tem 1,35% de comissionados. Em Minas Gerais, que tem mais de 300 mil funcionários, o índice é de 1,34%. E no Rio de Janeiro o número beira 4%.

Técnicos e políticos - A Bahia ocupa o segundo lugar na percentagem de funcionários de governos estaduais contratados sem concurso público no País. Dos 105.203 mil funcionários dos governos estaduais nesta modalidade, 9.240 deles estão na Bahia, ou 8,75% do total. O Estado só perde para Goiás, com cerca de 10%. Os dados se referem aos funcionários comissionados, que ocupam cargos no Estado somente por  indicação da administração estadual.  

Na Prefeitura de Salvador, 1.062 funcionários  teriam sido contratados sem participar de concurso público em 2012. Entre as capitais nordestinas, Salvador tem o 6º menor número e entre as 25 capitais pesquisadas está na 12ª posição. 

Os dados  foram divulgados pelo jornal O Estado de S.Paulo neste domingo, 31. Os números estão no Perfil dos Estados Brasileiros 2012, pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento leva em conta funcionários de gabinete, secretarias,  autarquias, empresas públicas e fundações.

O cientista político Paulo Fábio Dantas, sem especificar nenhum estado, explica que em termos gerais, cargos comissionados não são um mal em si: "Não é possível dirigir o Estado sem a política. O Estado contempla o governo e a administração pública. O primeiro não é só governador e secretários, mas um conjunto de cargos que garantem  diretriz governamental à administração pública. O problema é quando cargos estritamente técnicos, que deveriam ser ocupados por funcionários de carreira, são ocupados politicamente. Mas é preciso analisar cada caso ".

 

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