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 22/09/2011 | ECONOMIA

Exportações baianas batem novo recorde no mês de agosto

Os preços elevados de commodities como soja, petróleo, cobre e celulose, puxados pelo bom momento da China e Índia, garantiram no mês passado recorde histórico para as exportações baianas. As vendas alcançaram US$ 1,167 bilhão, superando em 11% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, e em 40% o resultado de agosto de 2010.

No ano, as exportações já acumulam US$ 7,1 bilhões, superando em 40% os resultados de igual período de 2010. Já as importações alcançaram US$ 5 bilhões, com crescimento de 18,3%.

Soja e derivados foi o principal item exportado no mês, com US$ 237,5 milhões e 86% de crescimento, resultado da safra recorde de 3,2 milhões de toneladas colhidos no oeste do estado. Óleo combustível, celulose, algodão e cobre, todos produtos básicos ou semimanufaturados, vêm a seguir como os principais responsáveis pelo desempenho em agosto. No setor de manufaturados, destacam-se as exportações de automóveis, com crescimento de 63,6%.

No ano, os preços médios das principais commodities exportadas pelo estado variaram positivamente de forma expressiva. Café (56,5%), petróleo (39,8%), cobre (33,8%), algodão (33,6%), soja (32,2%), cacau (30,8%) e celulose (9%) são alguns exemplos, o que fez com que as receitas totais das exportações baianas no ano crescessem 40%, não obstante o volume físico embarcado tenha encolhido 1,4% no período.

"Mesmo que os preços de exportação recuem daqui para frente, o que já vem ocorrendo com o petróleo e o cobre, por conta da desaceleração nas economias americana e europeia, o efeito na balança comercial baiana só deve aparecer no fim do ano ou início de 2012, já que a maioria das commodities embarcadas hoje e nos próximos meses pela Bahia já está selada, por contratos já fechados no período de alta das cotações", explicou Arthur Souza Cruz, coordenador de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan).

Influenciadas pela entrada de bens de consumo, preços do petróleo e dólar favorável, as importações somaram em agosto US$ 749,7 milhões, segundo maior valor histórico. Nafta, fertilizantes, combustíveis, automóveis, minério de cobre, cacau e trigo foram os produtos com maior peso. As compras de nafta para a petroquímica cresceram 119% no mês, o que pode sinalizar uma recuperação da produção industrial do estado para os próximos meses, dado o forte vínculo entre importação baiana e indústria.

Com os resultados de agosto, a corrente de comércio externo da Bahia atingiu no ano US$ 12,2 bilhões, gerando um superávit de US$ 2 bilhões, o que supera em 41% o saldo obtido no mesmo período do ano passado.

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