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 23/04/2013 | EDUCAÇÃO

Professores estaduais e municipais aderem à paralisação nacional na BA

Os professores das redes estadual e municipais da Bahia para por três dias a partir desta terça-feira (23), em adesão à paralisação nacional chamado de Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). As aulas só devem retornar na sexta-feira (26).

 

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB),

o movimento nacional pede o cumprimento do piso salarial nacional para os professores, que tramita no senado federal, e o cumprimento da lei do piso salarial, que hoje é de R$ 1.567 para professores de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. 

De acordo com Rui Oliveira, presidente do sindicato, na rede estadual, o professor de nível médio recebe subsídio de R$ 1.569, o que não seria configurado como um salário base. Segundo ele, a categoria estadual adere à paralisação para pedir a mudança no contra-cheque dos servidores.

 

No entanto, segundo a Secretaria de Educação do Estado, o salário base do professor de ensino médio é de R$ 1.659,94, que somados a mais 31,18% de regência, chega a R$ 2.177,50. Por meio de assessoria, o governo informou que o cargo de professor de ensino médio deve ser extinto nos próximos anos e que, atualmente, 1.728 docentes cursam graduação no estado. A rede estadual tem 5.855 professores

No caso dos estudantes de escolas municipais da capital, a Secretaria de Educação informou que o professor com graduação recebe o salário base de R$ 1.940,88, valor que pode chegar ao base de R$ 3.860,34 para os professores com doutorado.

Segundo o sindicato, a categoria municipal adere à paralisação em pedido a melhorias na infra-estrutura das escolas da rede, assim como um aumento de 10% no reajuste previsto para maio e a retirada da rede municipal do programa Alpha e Beto, projeto educacional que tem sido contestado pela categoria desde a assinatura pelo prefeito ACM Neto, em março.

 

Na ocasião, os professores chegaram a afirmar que parte dos livros do projeto tinham conteúdos considerados preconceituosos. Em contrapartida, o secretário de educação, João Carlos Bacelar, disse que a secretaria estava disponível para dialogar com os docentes e, se necessário, remover o conteúdo acusado como preconceituoso.

 

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