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 21/03/2012 | POLÍTICA

Governo retoma negociações para tentar votar Lei da Copa nesta quarta

Após tentativa frustrada de iniciar a votação do texto da Lei Geral da Copa na terça-feira (20), o governo retoma as negociações nesta quarta para tentar aprovar o projeto com as regras para o Mundial de 2014.

Na terça, um impasse em relação ao projeto que altera o Código Florestal impediu a votação da Lei da Copa no plenário da Câmara. De acordo com o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), a oposição ameaçou obstruir caso não fosse marcada uma data para a votação da nova legislação ambiental.

Marco Maia garantiu, porém, que tentaria colocar em votação o texto da Lei Geral nesta quarta. Disse ainda que se não houver acordo nesta quarta entre governo e oposição sobre Lei da Copa e Código Florestal, vai marcar uma data para a análise das regras ambientais.

Também nesta quarta, o novo presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa de 2014, José Maria Marin, estará na Câmara para discutir a Lei Geral da Copa e a organização do Mundial com deputados da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara.

Está previsto um almoço entre José Marin e os deputados da comissão com a participação do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Eles devem discutir a votação da Lei Geral.

Uma reunião de líderes antes do início da sessão deve definir se o texto será ou não votado ainda nesta quarta.

 Na parte da tarde, quem vai à Câmara é o ministro do Tribunal de Contas da União Valmir Campelo, que apresenta os resultados da fiscalização feita pelo TCU nas obras do PAC para a Copa do Mundo.

Bebidas na Copa
Após uma semana de reviravoltas sobre a venda bebidas alcoólicas durante os jogos do Mundial, deputados da base anunciaram nesta terça um acordo para votar a versão da Lei Geral da Copa que não contém liberação expressa para a comercialização.

Assim, seria suprimido artigo contido no texto do relator, deputado Vicente Cândido (PT-SP), que libera expressamente a venda de bebidas alcóolicas nos estádios.

O texto defendido pelos deputados da base é o original enviado pelo Executivo ao Congresso, que não libera e nem proíbe a venda de bebida, somente exclui artigo do Estatudo do Torcedor que veda o porte de álcool nos estádios.

Assim, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) teria que negociar com os 12 estados que sediarão jogos a comercialização de bebidas.

Ainda nesta terça, a bancada do PSC na Câmara, que conta com 17 deputados, decidiu que irá votar contra a venda de bebidas na Copa.

Segundo a assessoria de imprensa da sigla, a decisão foi tomada porque os deputados andam "insatisfeitos com o relacionamento do governo com o Congresso".

Nesta quarta, a bancada do PSC se reúne com a do PTB (com 21 deputados) para discutir se poderão votar contra a orientação do governo em outros projetos que tramitam na Câmara.
 

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