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 26/11/2012 | ECONOMIA

Portos baianos precisam de R$ 5 bi

A estimativa é da Associação dos Usuários dos Portos da Bahia (Usuport), que divulgou o documento Planejamento para Investimentos Portuários mínimos na Bahia.

Segundo o presidente da entidade, Paulo Roberto Villa, “este é o investimento mínimo para o atendimento da demanda atual”. Dirigente, que recebeu a imprensa em um almoço para divulgar apresentar o 8º Encontro Anual de Usuários, marcado para o dia 30, com a presença do secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antônio Henrique Silveira.

Segundo Paulo Villa, exemplos de portos de Londres (ING), Le Havre (FRA) e Los Angeles (EUA), evidenciam a defasagem baiana. Ele contou o porto fluvial de Paris registrou crescimento de 15% anuais em contêineres nos últimos seis anos, mesmo com as turbulências econômicas da zona do Euro. Em igual período, o terminal de Salvador teve expansão média de 1,7%. “É de se perguntar onde está a crise?”, indagou.

Por deficiências dos terminais baianos – tanto de berços como de modernização de maquinário -, 80% da produção de celulose baiana é escoada por outros estados. O encontro dos dois executivos com a imprensa serviu para. Paulo Villa frisou que Salvador ainda não atingiu o calado de 15 metros. Isso só ocorre, segundo ele, num espaço privado pequeno.

A maior parte tem entre 10 e 12 metros. O terminal da capital, segundo o estudo da Usuport, requer um aporte de R$ 620 milhões (R$ 500 milhões privados) até 2014 e de mais R$ 400 milhões privados no período seguinte. “As empresas fazem projetos, para ajudar a acelerar (os investimentos), mas a licitação não é feita”, reclamou.

Entendimento semelhante tem o diretor de Relações Institucionais da Dow Química e membro do Conselho Diretor da Usuport, Marconi Andraos Oliveira. “O que falta é resultado, porto funcionando. Os projetos precisam ser concebidos, desenvolvidos e implantados”, sintetizou.

Em Aratu, a associação de usuários visualiza a necessidade de construção de três berços – totalizando seis, somando aos atuais – e a compra/renovação dos equipamentos para os terminais de graneis sólidos e líquidos. 8º Encontro de usuários contará ainda com palestra do secretário de Fiscalização e Desestatização do Tribunal de Contas da União, Adalberto Santos Vasconcelos.

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